O assunto mais falado nas redes ontem, a CPI da Bets virou palco de algo muito maior do que se esperava: uma aula gratuita (e não-intencional) de marketing.
Não é sobre defender ou não Virgínia. Esse não é o ponto.
É sobre observar, com olhar estratégico, como uma influenciadora com 53 milhões de seguidores consegue se comunicar com a base mesmo dentro de um plenário de CPI sem nem precisar falar muito.
Ela chegou vestindo um moletom com a foto da filha. Garrafinha Stanley rosa. Cara lavada. Nada ali era aleatório.
E antes que alguém pense "ah, ela só se vestiu assim porque quis", vale lembrar: quando se tem uma comunidade engajada e fiel, tudo comunica. Inclusive (e principalmente) o que parece simples demais pra ser planejado.
A imagem era clara: uma mãe, uma mulher comum, uma figura que já é familiar pra quem acompanha suas redes.
Enquanto os parlamentares falavam para o país, ela falava para a audiência dela, a mesma que a acompanha nas resenhas de skincare, nas dancinhas com o marido e nas promoções que esgotam em minutos.
Isso é estratégia. É conteúdo. É coerência narrativa.
No feed, ela aparece daquele jeito. Na CPI, apareceu igualzinho.
Você pode até discordar do que ela representa, mas não dá pra dizer que ela não sabe sustentar a própria marca.
E agora que essa pauta está quente, a pergunta é:
o que você pode criar no seu nicho a partir disso?
Você não precisa gostar da personagem pra aprender com o roteiro.
Porque no fim das contas, o que ela entregou não foi apenas uma defesa, foi um case.