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Assisti a LIVE sugerida na aula Social Media vs Estrategista de Conteúdo e achei INCRÍVEL. Paulo Cuenca como sempre aterrisando a galera que tá voando perdida por aí.

Gostaria de contribuir com minha visão sobre o assunto, pode ser que faça sentido pra alguém.

 

Preciso começar lá atrás, no Edward Bernays.

 

Analisando todo o início, como esse mercado (Propaganda, Publicidade, Branding, Mídia, Conteúdo) surgiu nos Estados Unidos e se desenvolveu, notamos que algumas confusões eram bem comuns, assim como é hoje.

 

O próprio Bernays, autor do livro  “PROPAGANDA”, à época, se chamava de "Relações Públicas", pois não queria ser associado, pelo menos no começo de seu trabalho, ao termo que tinha uma conotação política revolucionária muito ligada ao “Desalienar as massas” e tomar o poder dos donos do capital, potenciais clientes nos serviços de Edward. (lead que chama, né?) 

 

Enfim, ele sabia que era preciso gerar uma descoberta, em seguida uma consideração e só então, depois que toda essa informação estivesse montada dentro da cabeça do público, a necessidade era gerada e a oferta era feita. (uaaauuu, um funil, vejam só)

 

Claro que nos Estados Unidos já existia a imprensa e ela fervilhava no começo do século XX, mas a predominância de pauta era política e economia.

 

Estamos falando de um período pré e entre as duas grandes guerras. As notícias que vinham da Europa que relatavam o choque entre as nações imperialistas e o aumento do ideal nacionalista, a morte de Franz Ferdinand, crash de 29, New Deal do Roosevelt, a assensão de um tal partido nacional socialista dos trabalhadores alemães que bombardeava o modelo capitalista e democratico americano, tomando todos os acentos do parlamento. Política e economia e mais política e economia.

 

Enfim, até quem não acha isso chato precisa convir que, a única necessidade que isso gera nos leitores, é a de não consumir nada.

 

Pois bem, Edward Bernays também se ligou nisso e começou a criar e a estimular a criação das Revistas Especializadas, todas elas recheadas de conteúdos para entreter e causar a necessidade de consumo.

 

Os anúncios já existiam nos jornais?

 

Sim, já, mas não com a linguagem emocional que Bernays começou a dar. Só para esclarecer, a ideia de levar para o lado emocional ao invés de falar apenas sobre características do produto ou serviço, foi algo que ele tirou dos estudos de seu tio.

 

Foi ele quem entendeu que as pessoas são influenciadas por algumas emoções básicas, e que muitas vezes não tem consciência disso. (Para quem não conhece,  vale um google “tio de Edward Bernays”)

 

Vamos continuar, puxei a minha avó nessa de explicar as coisas desde o começo, ela me ensinou que isso é importante para entender “de fato” como chegamos até aqui.

 

Enfim, essas revistas tinham algumas finalidades:

- Segmentar público por assunto de interesse.

- Criar a narrativa.

- Gerar necessidade chamando atenção para uma emoção que a pessoa busca sentir.

- Criar uma audiência

- Criar demanda

 

E entre uma página e outra, voilá, um produtinho apresentando, implicitamente ou explicitamente, que se liga ao que o leitor precisa, mas que não precisava até algumas páginas atrás.

 

Esse modelo de segmentação de público começou a gerar o 6 em 7 da época ou o 7 em 7, 8 em 7, enfim…

…chamou atenção dos grandes grupos de mídias (jornais) que só falavam de política e economia.

 

Com o “chacoalhar da carroça”, o mercado se ajeitou com os donos do meio de comunicação de um lado e os donos de empresas do outro.

 

  As mídias cuidavam do conteúdo para gerar audiência segmentada e os donos de empresas pagavam para mostrar seus produtos lá, as agências nasceram como a interface entre eles.

 

E assim veio a era do cinema, do rádio, da televisão e as agências colocando outbound no meio do inbound criado pela imprensa e grupos de mídias (que é a imprensa), conhecidos como “Meios de Comunicação”

 

Até que, em um belo dia apareceu um profeta, o nome dele era Marshall McLuhan,  autor de um livro com o nome visionário de “Os Meios De Comunicação Como Extensão Do Homem”.

 

Na minha opinião, há controvérsias, os grupos de mídias não deram a mínima para o que Marshall McLuhan disse, e as agências nem perceberam, estavam ocupadas se preocupando com o BV e com Cannes. Vamos deixar claro que eu não vejo nada contra os modelos de negócios e geração de receita, muito menos com premiações, ainda mais a de Cannes. O problema é quando isso tira você do objetivo ou te cega a ponto de não ver o que vai acontecer, mesmo estando cada vez mais ampliado na sua frente.

 

Quando Steve Jobs,  Steve Wozniak, Bill Gates, Paul Allen e companhia começaram a quebrar as barreiras sobre a escala de produção de conteúdo, e a criar um mundo que possibilitou o nascimento de plataformas de distribuição, os grupos de mídia se assustaram, as agências acharam o máximo e foi algo como “O susto ou a euforia que precedem o apocalipse” .

 

A evolução dos celulares e capacidade individual de produzir e distribuir conteúdo fez com que nós “Estrategistas de Conteúdo” e o  McLuhan, parecêssemos viajantes do tempo, no caso dele um cara vindo do futuro e no nosso visitantes de um buraco de minhoca experimentando um paradoxo temporal.

 

Voltamos ao passado onde tudo era junto, mas com ferramentas futuristas poderosas.

 

A agência precisa (se quiser, é claro!) assumir o modelo de criadora de conteúdo como uma revista, um canal de tv e rádio, uma criadora de audiência e consequentemente de comunidade, sem perder a capacidade de cuidar do fundo de funil e ainda ir além, ajudar a qualificar o comercial enquanto a marca não tem força para se vender sozinha, o tal “sales enablement” também é de extrema importância.

 

Já a oportunidade que as empresas têm de cuidarem de toda cadeia de geração de valor, por meio da comunicação, aconteceu! Ela pode fazer isso através de uma agência (preparada) ou, ela mesmo assumir isso, algo como: “Os Meios De Comunicação Como Extensão Das Empresas”

 

Não acredito que os profissionais que fizeram e fazem a lição de casa, de olhar para as origens desse nosso mercado, fiquem perdidos no tumulto de informações. Para quem sabe como chegamos até aqui as oportunidades brotam aos montes, pois o cenário, guardada as devidas proporções e algumas considerações, se repete.

 

Talvez só de escutar a sua avó, já dá uma clareada.

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10 horas atrás, Luís Alexandre Matareli disse:

Assisti a LIVE sugerida na aula Social Media vs Estrategista de Conteúdo e achei INCRÍVEL. Paulo Cuenca como sempre aterrisando a galera que tá voando perdida por aí.

Gostaria de contribuir com minha visão sobre o assunto, pode ser que faça sentido pra alguém.

 

Preciso começar lá atrás, no Edward Bernays.

 

Analisando todo o início, como esse mercado (Propaganda, Publicidade, Branding, Mídia, Conteúdo) surgiu nos Estados Unidos e se desenvolveu, notamos que algumas confusões eram bem comuns, assim como é hoje.

 

O próprio Bernays, autor do livro  “PROPAGANDA”, à época, se chamava de "Relações Públicas", pois não queria ser associado, pelo menos no começo de seu trabalho, ao termo que tinha uma conotação política revolucionária muito ligada ao “Desalienar as massas” e tomar o poder dos donos do capital, potenciais clientes nos serviços de Edward. (lead que chama, né?) 

 

Enfim, ele sabia que era preciso gerar uma descoberta, em seguida uma consideração e só então, depois que toda essa informação estivesse montada dentro da cabeça do público, a necessidade era gerada e a oferta era feita. (uaaauuu, um funil, vejam só)

 

Claro que nos Estados Unidos já existia a imprensa e ela fervilhava no começo do século XX, mas a predominância de pauta era política e economia.

 

Estamos falando de um período pré e entre as duas grandes guerras. As notícias que vinham da Europa que relatavam o choque entre as nações imperialistas e o aumento do ideal nacionalista, a morte de Franz Ferdinand, crash de 29, New Deal do Roosevelt, a assensão de um tal partido nacional socialista dos trabalhadores alemães que bombardeava o modelo capitalista e democratico americano, tomando todos os acentos do parlamento. Política e economia e mais política e economia.

 

Enfim, até quem não acha isso chato precisa convir que, a única necessidade que isso gera nos leitores, é a de não consumir nada.

 

Pois bem, Edward Bernays também se ligou nisso e começou a criar e a estimular a criação das Revistas Especializadas, todas elas recheadas de conteúdos para entreter e causar a necessidade de consumo.

 

Os anúncios já existiam nos jornais?

 

Sim, já, mas não com a linguagem emocional que Bernays começou a dar. Só para esclarecer, a ideia de levar para o lado emocional ao invés de falar apenas sobre características do produto ou serviço, foi algo que ele tirou dos estudos de seu tio.

 

Foi ele quem entendeu que as pessoas são influenciadas por algumas emoções básicas, e que muitas vezes não tem consciência disso. (Para quem não conhece,  vale um google “tio de Edward Bernays”)

 

Vamos continuar, puxei a minha avó nessa de explicar as coisas desde o começo, ela me ensinou que isso é importante para entender “de fato” como chegamos até aqui.

 

Enfim, essas revistas tinham algumas finalidades:

- Segmentar público por assunto de interesse.

- Criar a narrativa.

- Gerar necessidade chamando atenção para uma emoção que a pessoa busca sentir.

- Criar uma audiência

- Criar demanda

 

E entre uma página e outra, voilá, um produtinho apresentando, implicitamente ou explicitamente, que se liga ao que o leitor precisa, mas que não precisava até algumas páginas atrás.

 

Esse modelo de segmentação de público começou a gerar o 6 em 7 da época ou o 7 em 7, 8 em 7, enfim…

…chamou atenção dos grandes grupos de mídias (jornais) que só falavam de política e economia.

 

Com o “chacoalhar da carroça”, o mercado se ajeitou com os donos do meio de comunicação de um lado e os donos de empresas do outro.

 

  As mídias cuidavam do conteúdo para gerar audiência segmentada e os donos de empresas pagavam para mostrar seus produtos lá, as agências nasceram como a interface entre eles.

 

E assim veio a era do cinema, do rádio, da televisão e as agências colocando outbound no meio do inbound criado pela imprensa e grupos de mídias (que é a imprensa), conhecidos como “Meios de Comunicação”

 

Até que, em um belo dia apareceu um profeta, o nome dele era Marshall McLuhan,  autor de um livro com o nome visionário de “Os Meios De Comunicação Como Extensão Do Homem”.

 

Na minha opinião, há controvérsias, os grupos de mídias não deram a mínima para o que Marshall McLuhan disse, e as agências nem perceberam, estavam ocupadas se preocupando com o BV e com Cannes. Vamos deixar claro que eu não vejo nada contra os modelos de negócios e geração de receita, muito menos com premiações, ainda mais a de Cannes. O problema é quando isso tira você do objetivo ou te cega a ponto de não ver o que vai acontecer, mesmo estando cada vez mais ampliado na sua frente.

 

Quando Steve Jobs,  Steve Wozniak, Bill Gates, Paul Allen e companhia começaram a quebrar as barreiras sobre a escala de produção de conteúdo, e a criar um mundo que possibilitou o nascimento de plataformas de distribuição, os grupos de mídia se assustaram, as agências acharam o máximo e foi algo como “O susto ou a euforia que precedem o apocalipse” .

 

A evolução dos celulares e capacidade individual de produzir e distribuir conteúdo fez com que nós “Estrategistas de Conteúdo” e o  McLuhan, parecêssemos viajantes do tempo, no caso dele um cara vindo do futuro e no nosso visitantes de um buraco de minhoca experimentando um paradoxo temporal.

 

Voltamos ao passado onde tudo era junto, mas com ferramentas futuristas poderosas.

 

A agência precisa (se quiser, é claro!) assumir o modelo de criadora de conteúdo como uma revista, um canal de tv e rádio, uma criadora de audiência e consequentemente de comunidade, sem perder a capacidade de cuidar do fundo de funil e ainda ir além, ajudar a qualificar o comercial enquanto a marca não tem força para se vender sozinha, o tal “sales enablement” também é de extrema importância.

 

Já a oportunidade que as empresas têm de cuidarem de toda cadeia de geração de valor, por meio da comunicação, aconteceu! Ela pode fazer isso através de uma agência (preparada) ou, ela mesmo assumir isso, algo como: “Os Meios De Comunicação Como Extensão Das Empresas”

 

Não acredito que os profissionais que fizeram e fazem a lição de casa, de olhar para as origens desse nosso mercado, fiquem perdidos no tumulto de informações. Para quem sabe como chegamos até aqui as oportunidades brotam aos montes, pois o cenário, guardada as devidas proporções e algumas considerações, se repete.

 

Talvez só de escutar a sua avó, já dá uma clareada.

Nossa... uma ótima análise. Adorei

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  • 2 weeks later...
On 30/07/2022 at 13:18, Luís Alexandre Matareli disse:

Assisti a LIVE sugerida na aula Social Media vs Estrategista de Conteúdo e achei INCRÍVEL. Paulo Cuenca como sempre aterrisando a galera que tá voando perdida por aí.

Gostaria de contribuir com minha visão sobre o assunto, pode ser que faça sentido pra alguém.

 

Preciso começar lá atrás, no Edward Bernays.

 

Analisando todo o início, como esse mercado (Propaganda, Publicidade, Branding, Mídia, Conteúdo) surgiu nos Estados Unidos e se desenvolveu, notamos que algumas confusões eram bem comuns, assim como é hoje.

 

O próprio Bernays, autor do livro  “PROPAGANDA”, à época, se chamava de "Relações Públicas", pois não queria ser associado, pelo menos no começo de seu trabalho, ao termo que tinha uma conotação política revolucionária muito ligada ao “Desalienar as massas” e tomar o poder dos donos do capital, potenciais clientes nos serviços de Edward. (lead que chama, né?) 

 

Enfim, ele sabia que era preciso gerar uma descoberta, em seguida uma consideração e só então, depois que toda essa informação estivesse montada dentro da cabeça do público, a necessidade era gerada e a oferta era feita. (uaaauuu, um funil, vejam só)

 

Claro que nos Estados Unidos já existia a imprensa e ela fervilhava no começo do século XX, mas a predominância de pauta era política e economia.

 

Estamos falando de um período pré e entre as duas grandes guerras. As notícias que vinham da Europa que relatavam o choque entre as nações imperialistas e o aumento do ideal nacionalista, a morte de Franz Ferdinand, crash de 29, New Deal do Roosevelt, a assensão de um tal partido nacional socialista dos trabalhadores alemães que bombardeava o modelo capitalista e democratico americano, tomando todos os acentos do parlamento. Política e economia e mais política e economia.

 

Enfim, até quem não acha isso chato precisa convir que, a única necessidade que isso gera nos leitores, é a de não consumir nada.

 

Pois bem, Edward Bernays também se ligou nisso e começou a criar e a estimular a criação das Revistas Especializadas, todas elas recheadas de conteúdos para entreter e causar a necessidade de consumo.

 

Os anúncios já existiam nos jornais?

 

Sim, já, mas não com a linguagem emocional que Bernays começou a dar. Só para esclarecer, a ideia de levar para o lado emocional ao invés de falar apenas sobre características do produto ou serviço, foi algo que ele tirou dos estudos de seu tio.

 

Foi ele quem entendeu que as pessoas são influenciadas por algumas emoções básicas, e que muitas vezes não tem consciência disso. (Para quem não conhece,  vale um google “tio de Edward Bernays”)

 

Vamos continuar, puxei a minha avó nessa de explicar as coisas desde o começo, ela me ensinou que isso é importante para entender “de fato” como chegamos até aqui.

 

Enfim, essas revistas tinham algumas finalidades:

- Segmentar público por assunto de interesse.

- Criar a narrativa.

- Gerar necessidade chamando atenção para uma emoção que a pessoa busca sentir.

- Criar uma audiência

- Criar demanda

 

E entre uma página e outra, voilá, um produtinho apresentando, implicitamente ou explicitamente, que se liga ao que o leitor precisa, mas que não precisava até algumas páginas atrás.

 

Esse modelo de segmentação de público começou a gerar o 6 em 7 da época ou o 7 em 7, 8 em 7, enfim…

…chamou atenção dos grandes grupos de mídias (jornais) que só falavam de política e economia.

 

Com o “chacoalhar da carroça”, o mercado se ajeitou com os donos do meio de comunicação de um lado e os donos de empresas do outro.

 

  As mídias cuidavam do conteúdo para gerar audiência segmentada e os donos de empresas pagavam para mostrar seus produtos lá, as agências nasceram como a interface entre eles.

 

E assim veio a era do cinema, do rádio, da televisão e as agências colocando outbound no meio do inbound criado pela imprensa e grupos de mídias (que é a imprensa), conhecidos como “Meios de Comunicação”

 

Até que, em um belo dia apareceu um profeta, o nome dele era Marshall McLuhan,  autor de um livro com o nome visionário de “Os Meios De Comunicação Como Extensão Do Homem”.

 

Na minha opinião, há controvérsias, os grupos de mídias não deram a mínima para o que Marshall McLuhan disse, e as agências nem perceberam, estavam ocupadas se preocupando com o BV e com Cannes. Vamos deixar claro que eu não vejo nada contra os modelos de negócios e geração de receita, muito menos com premiações, ainda mais a de Cannes. O problema é quando isso tira você do objetivo ou te cega a ponto de não ver o que vai acontecer, mesmo estando cada vez mais ampliado na sua frente.

 

Quando Steve Jobs,  Steve Wozniak, Bill Gates, Paul Allen e companhia começaram a quebrar as barreiras sobre a escala de produção de conteúdo, e a criar um mundo que possibilitou o nascimento de plataformas de distribuição, os grupos de mídia se assustaram, as agências acharam o máximo e foi algo como “O susto ou a euforia que precedem o apocalipse” .

 

A evolução dos celulares e capacidade individual de produzir e distribuir conteúdo fez com que nós “Estrategistas de Conteúdo” e o  McLuhan, parecêssemos viajantes do tempo, no caso dele um cara vindo do futuro e no nosso visitantes de um buraco de minhoca experimentando um paradoxo temporal.

 

Voltamos ao passado onde tudo era junto, mas com ferramentas futuristas poderosas.

 

A agência precisa (se quiser, é claro!) assumir o modelo de criadora de conteúdo como uma revista, um canal de tv e rádio, uma criadora de audiência e consequentemente de comunidade, sem perder a capacidade de cuidar do fundo de funil e ainda ir além, ajudar a qualificar o comercial enquanto a marca não tem força para se vender sozinha, o tal “sales enablement” também é de extrema importância.

 

Já a oportunidade que as empresas têm de cuidarem de toda cadeia de geração de valor, por meio da comunicação, aconteceu! Ela pode fazer isso através de uma agência (preparada) ou, ela mesmo assumir isso, algo como: “Os Meios De Comunicação Como Extensão Das Empresas”

 

Não acredito que os profissionais que fizeram e fazem a lição de casa, de olhar para as origens desse nosso mercado, fiquem perdidos no tumulto de informações. Para quem sabe como chegamos até aqui as oportunidades brotam aos montes, pois o cenário, guardada as devidas proporções e algumas considerações, se repete.

 

Talvez só de escutar a sua avó, já dá uma clareada.

Luis,

O que tenho a dizer é : sim e sim

Sim, contribuiu muito.

Sim, fez muito sentido para mim.

Achei muito bem escrito.

Parabéns!

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On 30/07/2022 at 13:18, Luís Alexandre Matareli disse:

Assisti a LIVE sugerida na aula Social Media vs Estrategista de Conteúdo e achei INCRÍVEL. Paulo Cuenca como sempre aterrisando a galera que tá voando perdida por aí.

Gostaria de contribuir com minha visão sobre o assunto, pode ser que faça sentido pra alguém.

 

Preciso começar lá atrás, no Edward Bernays.

 

Analisando todo o início, como esse mercado (Propaganda, Publicidade, Branding, Mídia, Conteúdo) surgiu nos Estados Unidos e se desenvolveu, notamos que algumas confusões eram bem comuns, assim como é hoje.

 

O próprio Bernays, autor do livro  “PROPAGANDA”, à época, se chamava de "Relações Públicas", pois não queria ser associado, pelo menos no começo de seu trabalho, ao termo que tinha uma conotação política revolucionária muito ligada ao “Desalienar as massas” e tomar o poder dos donos do capital, potenciais clientes nos serviços de Edward. (lead que chama, né?) 

 

Enfim, ele sabia que era preciso gerar uma descoberta, em seguida uma consideração e só então, depois que toda essa informação estivesse montada dentro da cabeça do público, a necessidade era gerada e a oferta era feita. (uaaauuu, um funil, vejam só)

 

Claro que nos Estados Unidos já existia a imprensa e ela fervilhava no começo do século XX, mas a predominância de pauta era política e economia.

 

Estamos falando de um período pré e entre as duas grandes guerras. As notícias que vinham da Europa que relatavam o choque entre as nações imperialistas e o aumento do ideal nacionalista, a morte de Franz Ferdinand, crash de 29, New Deal do Roosevelt, a assensão de um tal partido nacional socialista dos trabalhadores alemães que bombardeava o modelo capitalista e democratico americano, tomando todos os acentos do parlamento. Política e economia e mais política e economia.

 

Enfim, até quem não acha isso chato precisa convir que, a única necessidade que isso gera nos leitores, é a de não consumir nada.

 

Pois bem, Edward Bernays também se ligou nisso e começou a criar e a estimular a criação das Revistas Especializadas, todas elas recheadas de conteúdos para entreter e causar a necessidade de consumo.

 

Os anúncios já existiam nos jornais?

 

Sim, já, mas não com a linguagem emocional que Bernays começou a dar. Só para esclarecer, a ideia de levar para o lado emocional ao invés de falar apenas sobre características do produto ou serviço, foi algo que ele tirou dos estudos de seu tio.

 

Foi ele quem entendeu que as pessoas são influenciadas por algumas emoções básicas, e que muitas vezes não tem consciência disso. (Para quem não conhece,  vale um google “tio de Edward Bernays”)

 

Vamos continuar, puxei a minha avó nessa de explicar as coisas desde o começo, ela me ensinou que isso é importante para entender “de fato” como chegamos até aqui.

 

Enfim, essas revistas tinham algumas finalidades:

- Segmentar público por assunto de interesse.

- Criar a narrativa.

- Gerar necessidade chamando atenção para uma emoção que a pessoa busca sentir.

- Criar uma audiência

- Criar demanda

 

E entre uma página e outra, voilá, um produtinho apresentando, implicitamente ou explicitamente, que se liga ao que o leitor precisa, mas que não precisava até algumas páginas atrás.

 

Esse modelo de segmentação de público começou a gerar o 6 em 7 da época ou o 7 em 7, 8 em 7, enfim…

…chamou atenção dos grandes grupos de mídias (jornais) que só falavam de política e economia.

 

Com o “chacoalhar da carroça”, o mercado se ajeitou com os donos do meio de comunicação de um lado e os donos de empresas do outro.

 

  As mídias cuidavam do conteúdo para gerar audiência segmentada e os donos de empresas pagavam para mostrar seus produtos lá, as agências nasceram como a interface entre eles.

 

E assim veio a era do cinema, do rádio, da televisão e as agências colocando outbound no meio do inbound criado pela imprensa e grupos de mídias (que é a imprensa), conhecidos como “Meios de Comunicação”

 

Até que, em um belo dia apareceu um profeta, o nome dele era Marshall McLuhan,  autor de um livro com o nome visionário de “Os Meios De Comunicação Como Extensão Do Homem”.

 

Na minha opinião, há controvérsias, os grupos de mídias não deram a mínima para o que Marshall McLuhan disse, e as agências nem perceberam, estavam ocupadas se preocupando com o BV e com Cannes. Vamos deixar claro que eu não vejo nada contra os modelos de negócios e geração de receita, muito menos com premiações, ainda mais a de Cannes. O problema é quando isso tira você do objetivo ou te cega a ponto de não ver o que vai acontecer, mesmo estando cada vez mais ampliado na sua frente.

 

Quando Steve Jobs,  Steve Wozniak, Bill Gates, Paul Allen e companhia começaram a quebrar as barreiras sobre a escala de produção de conteúdo, e a criar um mundo que possibilitou o nascimento de plataformas de distribuição, os grupos de mídia se assustaram, as agências acharam o máximo e foi algo como “O susto ou a euforia que precedem o apocalipse” .

 

A evolução dos celulares e capacidade individual de produzir e distribuir conteúdo fez com que nós “Estrategistas de Conteúdo” e o  McLuhan, parecêssemos viajantes do tempo, no caso dele um cara vindo do futuro e no nosso visitantes de um buraco de minhoca experimentando um paradoxo temporal.

 

Voltamos ao passado onde tudo era junto, mas com ferramentas futuristas poderosas.

 

A agência precisa (se quiser, é claro!) assumir o modelo de criadora de conteúdo como uma revista, um canal de tv e rádio, uma criadora de audiência e consequentemente de comunidade, sem perder a capacidade de cuidar do fundo de funil e ainda ir além, ajudar a qualificar o comercial enquanto a marca não tem força para se vender sozinha, o tal “sales enablement” também é de extrema importância.

 

Já a oportunidade que as empresas têm de cuidarem de toda cadeia de geração de valor, por meio da comunicação, aconteceu! Ela pode fazer isso através de uma agência (preparada) ou, ela mesmo assumir isso, algo como: “Os Meios De Comunicação Como Extensão Das Empresas”

 

Não acredito que os profissionais que fizeram e fazem a lição de casa, de olhar para as origens desse nosso mercado, fiquem perdidos no tumulto de informações. Para quem sabe como chegamos até aqui as oportunidades brotam aos montes, pois o cenário, guardada as devidas proporções e algumas considerações, se repete.

 

Talvez só de escutar a sua avó, já dá uma clareada.

mandouuuu ver na analise, obrigado irmão 

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