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Aristeu Vinicius de Paula #30675

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Sobre mim

Era 26 de fevereiro de 2020, quando o Brasil iniciava o período da Pandemia, após a confirmação de que um homem de 61 anos de São Paulo que retornou da Itália testou positivo para o SARS-CoV-2, causador da COVID-19. No dia seguinte, fechei minha loja de Esportes, cheguei em casa olhei para minha esposa e dois filhos e comecei a chorar. Chorei feito criança e me bateu um enorme desespero. O que um pai de família, com sua única fonte de renda fechada, vai manter o aluguel de cerca de R$ 1.700,00 de um apartamento de 3 quartos na região central da minha cidade, um financiamento de um carro - que só estava no início - no valor de R$ 1.200,00, o aluguel da loja de R$ 1.100,00 + energia elétrica e água (R$ 300,00), internet (R$ 200,00), alimentação cerca de R$ 1.000,00, fornecedores na casa de cerca de R$ 45.000,00, além de outros pormenores?

Saí atirando para todo o lado, liguei para amigos de jornal pedindo emprego e nada. Um amigo, sabendo da situação que estava passando - sem nenhuma reserva financeira - ele veio até em casa e me deu R$ 850,00, que meu ajudou a comprar alimentos e quitar uma parte do aluguel da loja que já faltara.

Respirei e no dia seguinte fui buscar ajuda de um consultor financeiro, via on-line, que me orientou a pegar todo estoque e vender a praticamente preço de custo para manter a sobrevivência da minha família. Mas isso, não era o que eu queria. Agi de forma rápida, conversei com a minha esposa, e decidimos que ela e as crianças fossem para Cajobi, a casa dos pais dela, até que eu acertasse a situação. Pelo menos eles se manteriam bem lá, se alimentando e tendo um lar, enquanto eu negociava os alugueis e a saída do atual apartamento para um bem menor e com um valor acessível.

O Samuel Bertolin, atualmente palestrante motivacional, e grande amigo, me orientou a buscar conhecimento num aplicativo que estava ensinando proprietários de academias a negociarem aluguel e com os fornecedores para se manterem…e fiz isso, fui buscar conhecimento. Aprendi a ser o mais realista possível, a falar de forma clara e objetiva o que estava ocorrendo e também a ouvir o outro lado. As negociações deram certo: consegui três meses de gratuidade no aluguel da loja, os boletos dos fornecedores tiveram os vencimentos adiados para três meses à frente e só deixei o ótimo apartamento que morava porque a minha decisão estava tomada. Tinha que sair de um aluguel com condomínio de R$ 1.700,00 para um apartamento menor de R$ 650,00. Deixei as portas abertas…

De repente uma cliente me chama pelo whatsApp da loja perguntando se a gente tinha um anel elástico para fazer exercícios físicos em casa. E eu tinha, Era um produto que nunca tinha saído. Valor de R$ 29,90 e claro que a gente não cobraria a taxa de entrega, era bem no centro de Mirassol. Vai eu lá com o produto todo feliz e com a maquininha de cartão. Minha venda estava feita e sempre que recebia eu mandava uma mensagem para a minha esposa dizendo BRILHA PROSPERIDADE.

Percebi que na vizinha São José do Rio Preto, uma cidade de mais de 400 mil habitantes, as pessoas estavam fazendo exercícios com personais em equipamentos ao ar livre. De uma mera observação, surge uma oportunidade. Coloco tudo o que tinha de produtos para exercícios ao ar li-vre, cartão de visita e máquina de cartão de débito e crédito. Me senti o verdadeiro Rambo indo para a Guerra do Vietnã. Foi desta oportunidade, que comecei a fazer novos clientes, a me manter, a conseguir juntar dinheiro para comprar novos produtos a vista e sobreviver na pandemia. A importância do networking, da ação de buscar oportunidades, de correr riscos calculados, fez eu me manter focado na sobrevivência e em novas oportunidades. Neste período vendi o HB20 por R$ 4 mil e andei praticamente um ano a pé.

Da minha residência até a loja o percurso era de cerca de 4 km (8 km ida e volta) e fazia com muita alegria, debaixo de Sol ou Chuva. Da minha parte, nunca reclamei, só agradeci. No caminho, ouvia aulas gravadas no youtube sobre Educação Financeira. A importância de fazer uma reserva de emergência, de gastar menos do que ganha, de aprender a usar corretamente o cartão de crédito, de dar segurança para a minha família, de ter mais dignidade.

Saí no dia 20 de abril de 2020 do apartamento que morava de três quartos para um menor de apenas dois, sem armários, sem box no banheiro, sem uma garagem coberta para o carro, aliás nem precisava mais, pois eu estava sem carro. Mas com todo o conhecimento, a experiência que adquiri, um ano depois no dia 20 de abril de 2021 estava voltando para o mesmo prédio, num apartamento idêntico, mas no segundo andar. E tinha adquirido um carro novamente.

A experiência fez eu poder contar esta história de perseverança para mais empreendedores, que muitas vezes, não sabem separar a conta física da jurídica, não tem reserva de emergência, nem de investimento, não há indicadores para tomar uma decisão importante na empresa, não conseguem fazer uma gestão descente porque fazem tudo na empresa. Por isso, criei o método Vida no Azul para empreendedores, baseado em estudos e vivência para ajudar o empresário a ter uma vida próspera e que possa dormir tranquilo com a sensação de bem-estar e vontade de levantar todos os dias para ajudar mais pessoas com seus serviços ou produtos.

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