Músicas se tornando mais curtas e o que isso tem a ver com nossos virais de internet

[Marília Cerqueira]

Hoje li na newsletter do the bizness sobre o impacto das redes sociais e do nosso consumo na produção musical.

 

A real é:

OS ARTISTAS ESTÃO CRIANDO MÚSICAS MAIS CURTAS!

Esse é o gráfico que ilustra:

 

Ainda não tem nada muito conclusivo relacionando às redes sociais, mas dá pra inferir muito, né?

Pesquisadores da UCLA acreditam que o tempo de atenção dos ouvintes diminuiu ao longo dos anos graças aos nosso inúmeros modos de entretenimento disponíveis.

Pulamos músicas com facilidade, escolhemos, trocamos, deixamos de ouvir em poucos toques.

Com os usuários pulando mais faixas em seus streamings, os algoritmos podem promover faixas mais curtas que são ouvidas na íntegra para manter seu público envolvido, recomendando-as a mais ouvintes e, portanto, estabelecendo um precedente do que constitui uma música de sucesso.

É só uma teoria, tá? Mas que faz muito sentido pra mim!

 

O que temos observado?

Músicas cada vez mais curtas e com refrões que podem ser reproduzidos em dancinhas, transferência de domínio, humor e trends.

"O tempo médio das músicas lançadas no Spotify em 2020 atingiu 3 min e 17 segundos, cerca de 60 segundos (1 minuto) a menos do que as músicas de 1990."

Estamos com uma média parecida com a década de 30, quando nem tecnologia nós tinhamos para gravações maiores!

Basta a gente observar tudo que tem sido muito utilizado, em média, nos mais escutados, reproduzidos e utilizados nos vídeos.

Batalhas ferrenhas pelo próximo refrão chiclete e os milhões de plays que ele receberá.

E nem adianta dizer que não consome, ein? Eu apoooosto que você sabe cantarolar pelo menos uma musiquinha! Estão em todo lugar!

 

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[Aninha Koetz]

Total sentido, Marília!! Faroeste Caboclo nunca mais haverá

Obrigada pela dica, já assinei a news!

[Marília Cerqueira]

16 minutes ago, Aninha Koetz disse:

Total sentido, Marília!! Faroeste Caboclo nunca mais haverá

Obrigada pela dica, já assinei a news!

Entendo o consumo, mas me questiono até que pontos estamos totalmente pautados por ele numa medida de exagero, sabe? Somos refens!

e vc vai AMAR o the news! Assina também o the stories quando vc receber o primeiro e-mail, vai deixar o seu domingo mais doce

[Aninha Koetz]

1 hora atrás, Marília Cerqueira disse:

Entendo o consumo, mas me questiono até que pontos estamos totalmente pautados por ele numa medida de exagero, sabe? Somos refens!

e vc vai AMAR o the news! Assina também o the stories quando vc receber o primeiro e-mail, vai deixar o seu domingo mais doce

Exato!! Brincadeiras a parte, essa aceleração, esse tudo pra ontem é uma doideira... Qto tempo se esperava pra escutar a música preferida na rádio? E qdo pegava ela no final, que tristeza... hj temos tudo o tempo na hora... É de se pensar mesmo... Nas mudanças q ficamos reféns e na nossa parte nisso, né?

Obrigada pela dica extra de assinatura

Editado 23 de Setembro de 2022 por Aninha Koetz

[Marília Cerqueira]

7 horas atrás, Aninha Koetz disse:

Exato!! Brincadeiras a parte, essa aceleração, esse tudo pra ontem é uma doideira... Qto tempo se esperava pra escutar a música preferida na rádio? E qdo pegava ela no final, que tristeza... hj temos tudo o tempo na hora... É de se pensar mesmo... Nas mudanças q ficamos reféns e na nossa parte nisso, né?

Obrigada pela dica extra de assinatura

Acredita que tive essa exata conversa num Uber essa semana?

ele contando que era de um distrito de uma cidade do interior da Bahia, que a música chegava dos discos que o irmão levava de São Paulo e o momento era sempre um evento! Todos se reuniam para ouvir aquilo…

Conversávamos sobre a facilidade de se ter música hoje em dia, que já tivemos a era do disco, da fita, do vc… e que agora é só botar a senha do celular. De como isso tirou um pouco a graça

[Aninha Koetz]

38 minutes ago, Marília Cerqueira disse:

Acredita que tive essa exata conversa num Uber essa semana?

ele contando que era de um distrito de uma cidade do interior da Bahia, que a música chegava dos discos que o irmão levava de São Paulo e o momento era sempre um evento! Todos se reuniam para ouvir aquilo…

Conversávamos sobre a facilidade de se ter música hoje em dia, que já tivemos a era do disco, da fita, do vc… e que agora é só botar a senha do celular. De como isso tirou um pouco a graça

Siiiiimmmmm... Vejo isso muito claro com meus filhos... Tem desenho, filme que querem na hora... Qdo eu era pequena era o horário do Show da Xuxa e deu de tv pra mim... Trapalhões era negociado se a lição e as coisas pra aula da semana estivessem prontas 

[Marília Cerqueira]

On 23/09/2022 at 07:40, Aninha Koetz disse:

Siiiiimmmmm... Vejo isso muito claro com meus filhos... Tem desenho, filme que querem na hora... Qdo eu era pequena era o horário do Show da Xuxa e deu de tv pra mim... Trapalhões era negociado se a lição e as coisas pra aula da semana estivessem prontas 

Menina, eu gosto de filosofar e fazer observações sociológicas kkkkk

acho que, em resumo, isso tem estragado DEMAIS nossa sociedade, né?

Tudo pra ontem, pra já, muita gente desistindo por coisas que nossos pais ou avós nem sequer cogitariam desistir... (óbio que temos hoje inumeras situações de saude mental e fisica, nem discuto isso!)

As redes sociais "encurtando" o processo ao mostrar apenas recortes e ter gente não preparada para entender isso do outro lado da tela...

A vida perde um pouco da beleza e da necessidade dos caminhos!

Abre o computador, mil e quinhentos streamings que não conseguimos nem escolher o que assistir, e a magia do filme da sessao da tarde ou da locadora se perde.