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*Bom dia, Verônica!* - o interesse por assuntos de crimes - #emalta


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A primeira temporada da série Bom Dia, Verônica, produção brasileira da Netlix, ganhou destaque por jogar luz à questão da violência contra a mulher. Com o sucesso, a série foi renovada para a segunda temporada, que estreou no dia 3 deste mês. Logo nos primeiros dias de lançamento, a produção brasileira ficou em quarto lugar no ranking das séries de língua estrangeira (não inglesa) mais vistas na plataforma.

No Spotify tem crescido, de forma exponencial e alarmante, a procura por podcasts que abordam esses temas. 👀Vamos ficar de olho nessa pauta quente ai!🔥

Dá uma olhada no que disse o Diretor da série para o site Meio & Mensagem

M&M – Bom Dia, Verônica é uma série que aborda questões de violência contra a mulher. De forma geral, o interesse por assuntos de crimes, sejam eles reais ou de ficção, tem crescido. Por que o público tem se interessado tanto por essa temática?
Montes – Eu sempre gostei de histórias de crime. Antes de ser um autor de histórias de crime, tanto nos livros como na televisão, sou um leitor e espectador dessas histórias desde a minha adolescência. E o meu interesse, e, acredito, o de todo mundo, é compreender a mente humana, entender porque as pessoas fazem o que fazem, porque são como são. De algum modo, assistir ou ler histórias de crime revela muito sobre o ser humano, mas também revela sobre a sociedade em que vivemos. Nós do Brasil, infelizmente, vivemos numa sociedade de muita impunidade, de muita injustiça. Então, contar uma história policial, em que você tem uma personagem que luta por justiça e que enfrenta todo um sistema burocrático e inerte é muito forte para todos nós. É por isso que acredito gera esse interesse. Além de, claro, a história trazer surpresas. As pessoas que assistem à Bom Dia, Verônica, em geral, dizem que maratonam. Mas, para além destes cursos narrativos, que são para que a pessoa não pare de ver, acredito que tem um tema que mexe muito com todos nós que é: como fazer justiça em um país abandonado de algum modo? Como lutar contra um sistema que não funciona? Como despertar? Daí vem o título Bom Dia, Verônica. Que vem desse despertar da Verônica para esse mundo.

M&M – Você acredita que é função de uma obra audiovisual alertar o público ou proporcionar reflexões sobre assuntos que fazem parte do cotidiano?
Montes – Eu não acredito que obras audiovisuais tenham que ser didáticas ou moralistas. Mas acredito que o audiovisual tem um potencial de alcance muito grande. Uma narrativa, uma história, primeiro atinge muitas pessoas, porque o número de pessoas que assistem a um programa na Netflix é muito grande. Atingimos muitas pessoas e atingimos num lugar muito íntimo que é o da emoção. A dramaturgia trabalha com emoção. Estamos atingindo muitas pessoas, no seu lugar mais íntimo, o que faz com que a pessoa, eventualmente, repense algumas coisas. É um desperdício só contar uma boa história. Além de contar uma boa história, acredito que é importante, sim, propor debates, propor provocações, lançar discussões, alertar sobre situações, mas nunca numa maneira didática ou moralista, nunca falando ‘isso tem que ser feito, aquilo tem que ser feito’, mas no sentido de ‘olhe como é o sistema’. Sem querer dar spoiler, o que acontece com a Janete na primeira temporada é um soco no estômago, porque é para o público pensar e falar ‘olha, isso que acontece aqui na dramaturgia é o que acontece todo dia na vida real’. Acredito que cabe, sim, às séries de televisão, além de entreter, provocar reflexões.

 

segue o link da matéria: https://www.meioemensagem.com.br/home/midia/2022/08/16/raphael-montes-de-bom-dia-veronica-a-dramaturgia-trabalha-com-emocao.html

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Assisti a primeira temporada a muito tempo, não sabia que tinham lançado a segunda. A série é como um soco no estômago, me lembro de assistir com um aperto no coração, era como se eu conhecesse a Janete, quanta angústia. Obrigada pela matéria, muito boa. Vou maratonar a segunda temporada amanhã! 

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20 minutes ago, a Elaine online disse:

A primeira temporada da série Bom Dia, Verônica, produção brasileira da Netlix, ganhou destaque por jogar luz à questão da violência contra a mulher. Com o sucesso, a série foi renovada para a segunda temporada, que estreou no dia 3 deste mês. Logo nos primeiros dias de lançamento, a produção brasileira ficou em quarto lugar no ranking das séries de língua estrangeira (não inglesa) mais vistas na plataforma.

No Spotify tem crescido, de forma exponencial e alarmante, a procura por podcasts que abordam esses temas. 👀Vamos ficar de olho nessa pauta quente ai!🔥

Dá uma olhada no que disse o Diretor da série para o site Meio & Mensagem

M&M – Bom Dia, Verônica é uma série que aborda questões de violência contra a mulher. De forma geral, o interesse por assuntos de crimes, sejam eles reais ou de ficção, tem crescido. Por que o público tem se interessado tanto por essa temática?
Montes – Eu sempre gostei de histórias de crime. Antes de ser um autor de histórias de crime, tanto nos livros como na televisão, sou um leitor e espectador dessas histórias desde a minha adolescência. E o meu interesse, e, acredito, o de todo mundo, é compreender a mente humana, entender porque as pessoas fazem o que fazem, porque são como são. De algum modo, assistir ou ler histórias de crime revela muito sobre o ser humano, mas também revela sobre a sociedade em que vivemos. Nós do Brasil, infelizmente, vivemos numa sociedade de muita impunidade, de muita injustiça. Então, contar uma história policial, em que você tem uma personagem que luta por justiça e que enfrenta todo um sistema burocrático e inerte é muito forte para todos nós. É por isso que acredito gera esse interesse. Além de, claro, a história trazer surpresas. As pessoas que assistem à Bom Dia, Verônica, em geral, dizem que maratonam. Mas, para além destes cursos narrativos, que são para que a pessoa não pare de ver, acredito que tem um tema que mexe muito com todos nós que é: como fazer justiça em um país abandonado de algum modo? Como lutar contra um sistema que não funciona? Como despertar? Daí vem o título Bom Dia, Verônica. Que vem desse despertar da Verônica para esse mundo.

M&M – Você acredita que é função de uma obra audiovisual alertar o público ou proporcionar reflexões sobre assuntos que fazem parte do cotidiano?
Montes – Eu não acredito que obras audiovisuais tenham que ser didáticas ou moralistas. Mas acredito que o audiovisual tem um potencial de alcance muito grande. Uma narrativa, uma história, primeiro atinge muitas pessoas, porque o número de pessoas que assistem a um programa na Netflix é muito grande. Atingimos muitas pessoas e atingimos num lugar muito íntimo que é o da emoção. A dramaturgia trabalha com emoção. Estamos atingindo muitas pessoas, no seu lugar mais íntimo, o que faz com que a pessoa, eventualmente, repense algumas coisas. É um desperdício só contar uma boa história. Além de contar uma boa história, acredito que é importante, sim, propor debates, propor provocações, lançar discussões, alertar sobre situações, mas nunca numa maneira didática ou moralista, nunca falando ‘isso tem que ser feito, aquilo tem que ser feito’, mas no sentido de ‘olhe como é o sistema’. Sem querer dar spoiler, o que acontece com a Janete na primeira temporada é um soco no estômago, porque é para o público pensar e falar ‘olha, isso que acontece aqui na dramaturgia é o que acontece todo dia na vida real’. Acredito que cabe, sim, às séries de televisão, além de entreter, provocar reflexões.

 

segue o link da matéria: https://www.meioemensagem.com.br/home/midia/2022/08/16/raphael-montes-de-bom-dia-veronica-a-dramaturgia-trabalha-com-emocao.html

Eu sou a louca do true crime e de qualquer coisa que tenha crimes, Spotify tem uns podcasts excelentes sobre o tema. Não sei dizer de onde vem esse fascínio! Usei Bom Dia, Verônica no meu desafio de postagem de conteúdo em alta! A segunda temporada é mais light, mas ainda assim bem pesada.

Uma pequena correção no seu texto: Raphael Montes (sou fanzoca) escreveu o livro que deu origem à série e é um dos roteiristas, mas não é diretor não! ☺️

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7 minutes ago, Lorena Borges disse:

Eu sou a louca do true crime e de qualquer coisa que tenha crimes, Spotify tem uns podcasts excelentes sobre o tema. Não sei dizer de onde vem esse fascínio! Usei Bom Dia, Verônica no meu desafio de postagem de conteúdo em alta! A segunda temporada é mais light, mas ainda assim bem pesada.

Uma pequena correção no seu texto: Raphael Montes (sou fanzoca) escreveu o livro que deu origem à série e é um dos roteiristas, mas não é diretor não! ☺️

obrigada Lorena!!  Menina, também não sei dá onde veio essa onda de true crime..... e a Mulher da Casa abandonada? que loucura!!

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25 minutes ago, IZABELA AMARAL disse:

Assisti a primeira temporada a muito tempo, não sabia que tinham lançado a segunda. A série é como um soco no estômago, me lembro de assistir com um aperto no coração, era como se eu conhecesse a Janete, quanta angústia. Obrigada pela matéria, muito boa. Vou maratonar a segunda temporada amanhã! 

Aproveita menina! Tá maravilhosa !

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24 minutes ago, a Elaine online disse:

obrigada Lorena!!  Menina, também não sei dá onde veio essa onda de true crime..... e a Mulher da Casa abandonada? que loucura!!

Eu acho que é pq a gente tem curiosidade em saber o que passa na cabeça dessas pessoas! Pelo menos eu sou super curiosa! Queria muito entender as motivações de serial killers, como funciona o raciocínio deles etc! Acho que é tão diferente de mim, tão distante, que causa esse fascínio mesmo! O meu podcast preferido do assunto é o Modus Operandi. Faz o maior sucesso e recentemente elas lançaram até livro!

A Mulher da Casa Abandonada ainda não ouvi, apesar de todo o auê! Rs! Virou fenômeno!

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