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A internet que a gente quer


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Olá, beselhas!  🐝

Ontem pude compartilhar na live uma pergunta sobre uso do tempo para desenvolver negócio com estrategista de conteúdo. Fui muito bem respondida, mas fiquei impressionada com feedbacks em geral... Me parece que o trabalho de 8h/dia, 40h/semana é algo inimaginável para muitas pessoas (não sei se para a maioria), que chegam ao limite de 10/12h/dia, no mínimo - há quem tenha chegado a 72h direto, me parece. Bem, realmente acho que isso é uma escolha e realidade muito particular, como o próprio @Paulo Cuencacolocou. Meu ponto aqui é outro...

* A gente só consegue ter bons resultados se a dedicação de tempo for incompatível com o resto da vida?
* Mesmo que se concorde que é preciso certo desequilíbrio para alcançar objetivos em determinados momento da vida, esse é o novo normal das pessoas?
* Por fim... É real e efetivo o que a gente coloca de conteúdo se nosso conteúdo se resume essencialmente a trabalho?

Pessoalmente, minha meta é que trabalho seja prazer, mesmo sabendo que envolve coisas que posso não querer fazer, mas faço. Minha preocupação é que a gente normalize essa vida que descarta quaisquer outros aspectos, como família, filhos, amigos, saúde, lazer, etc. Lembrei de gente da firma que acha um máximo dizer que vai ficar até mais tarde sem ter nada pra fazer ou por ter enrolado o dia todo, só pra ter a sensação que tá vivendo pela produtividade. 

Gosto bastante deste perfil: https://www.instagram.com/contente.vc/

Na internet que eu quero, precisa aparecer vida de verdade, que depende do meu tempo bem gasto também fora da tela. E vocês? O que pensam sobre?
 

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55 minutes ago, Marcella Mila Ramalho Pacheli Pereira disse:

Olá, beselhas!  🐝

Ontem pude compartilhar na live uma pergunta sobre uso do tempo para desenvolver negócio com estrategista de conteúdo. Fui muito bem respondida, mas fiquei impressionada com feedbacks em geral... Me parece que o trabalho de 8h/dia, 40h/semana é algo inimaginável para muitas pessoas (não sei se para a maioria), que chegam ao limite de 10/12h/dia, no mínimo - há quem tenha chegado a 72h direto, me parece. Bem, realmente acho que isso é uma escolha e realidade muito particular, como o próprio @Paulo Cuencacolocou. Meu ponto aqui é outro...

* A gente só consegue ter bons resultados se a dedicação de tempo for incompatível com o resto da vida?
* Mesmo que se concorde que é preciso certo desequilíbrio para alcançar objetivos em determinados momento da vida, esse é o novo normal das pessoas?
* Por fim... É real e efetivo o que a gente coloca de conteúdo se nosso conteúdo se resume essencialmente a trabalho?

Pessoalmente, minha meta é que trabalho seja prazer, mesmo sabendo que envolve coisas que posso não querer fazer, mas faço. Minha preocupação é que a gente normalize essa vida que descarta quaisquer outros aspectos, como família, filhos, amigos, saúde, lazer, etc. Lembrei de gente da firma que acha um máximo dizer que vai ficar até mais tarde sem ter nada pra fazer ou por ter enrolado o dia todo, só pra ter a sensação que tá vivendo pela produtividade. 

Gosto bastante deste perfil: https://www.instagram.com/contente.vc/

Na internet que eu quero, precisa aparecer vida de verdade, que depende do meu tempo bem gasto também fora da tela. E vocês? O que pensam sobre?
 

Eu também percebo que muita gente na internet romantiza o "#antesdas5", incentiva todo mundo a dormir pouco, acordar super cedo, viver pra ser mais produtivo e essa também não é a minha linha. 

Eu abri minha pequena empresa há três anos e a partir daí passei a me doar totalmente a ela, 24h do meu dia eram dedicadas a ela, desde a hora que eu acordava até a hora de dormir. Depois de um tempo, o que era um prazer começou a se transformar em frustração. Minha pequena empresa é uma padaria virtual, eu amo cozinhar, mas cheguei ao ponto de não conseguir preparar um almoço em casa. 

Quando eu me dei conta, eu e meu marido estávamos consumindo marmitas diariamente, não saíamos mais, não socializávamos nem tinhamos tempo pra família ou amigos. Meu marido que tem um ótimo emprego se viu sendo sugado pro meu negócio já que eu não dava conta sozinha, fazendo dupla jornada de trabalho. Além de tudo isso, depois desses anos, simplesmente não tive retorno financeiro. 

Eu travei. Parei tudo o que eu estava fazendo, sentei com meu marido, conversamos e percebemos que não era aquilo que nenhum de nós queria. A gente queria qualidade de vida, a gente queria ser feliz, queremos realizar nossos sonhos de poder viajar o mundo, eu queria poder fazer coisas que me davam prazer, e poder voltar a ter prazer na cozinha. Percebemos que da forma que as coisas estavam indo, nada disso ia acontecer.

Meu marido trabalha full home office na Hotmart e eu me vi apaixonada pelo marketing digital desde que comecei a estudar e aplicar na minha empresa. Decidimos que a empresa mudaria, que eu só trabalharia com feiras e eventos, não trabalharia mais com pronta entrega, faria as coisas no meu ritmo, sem focar em crescimento (já que pra isso eu precisaria de uma loja física e funcionários, o que não é o foco), fazendo fornadas esporádicas, feiras e eventos quinzenais e focaria em estudar e me aprofundar em mídias sociais, já que através do marketing da minha mepresa comecei a ser procurada por empresas que queriam me contratar. 

 

Isso tudo rolou um pouco antes de a formação começar e desde então nossa vida tem sido outra. Eu agora tenho tempo pra fazer academia, terapia, cozinhar, estudar, trabalhar e tem sido novamente um prazer. Minha vida com meu marido está melhor que nunca, estamos felizes.

Eu acho que cada um tem sua realidade. Já houve um tempo em que eu precisava priorizar a grana e trabalhar muito pra conseguir pagar as contas sem nenhum tipo de luxo. Hoje minha sprioridades são outras, a vida que eu levo é diferente e eu tenho o privilégio de poder escolher de verdade onde eu quero colocar minha energia. 

Pra finalizar, eu não acho que a gente só consegue ter bons resultados se a dedicação de tempo for incompatível com o resto da vida, pelo contrário, eu acho que temos bons resultados se formos constantes, e pra ser constante, precisa ser possível, por isso hoje eu priorizo minha saúde mental, pra conseguir fazer o que eu preciso da melhor forma que EU posso, sabendo que não vou desmoronar daqui há pouco por passar por cima das minhas necessidades. 

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Acho essa discussão muito relevante. Porque pra gente conseguir prosperar o estilo de vida tem que ser sustentável, né? E quando digo sustentável, quero dizer que seja algo que se sustente ao longo da jornada: não adianta muito se levar a exaustão como o caso da @Bruna Garcia do Val, se em seguida não se tem forças para continuar. Eu entendo que para conseguir um objetivo é necessário fazer escolhas, isso significa renunciar a algumas coisas, a prazeres momentâneos, a algumas reuniões com amigos e família em prol de algo maior. Mas sempre buscando equilíbrio. É a mesma coisa de fazer uma dieta restritiva: quando acaba a dieta vc quer comer tudo que não comeu antes e mais, porque a vontade ficou reprimida. Nunca dá certo. Equilíbrio é a chave para uma vida sustentável a longo prazo.

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35 minutes ago, Bruna Garcia do Val disse:

Eu também percebo que muita gente na internet romantiza o "#antesdas5", incentiva todo mundo a dormir pouco, acordar super cedo, viver pra ser mais produtivo e essa também não é a minha linha. 

Eu abri minha pequena empresa há três anos e a partir daí passei a me doar totalmente a ela, 24h do meu dia eram dedicadas a ela, desde a hora que eu acordava até a hora de dormir. Depois de um tempo, o que era um prazer começou a se transformar em frustração. Minha pequena empresa é uma padaria virtual, eu amo cozinhar, mas cheguei ao ponto de não conseguir preparar um almoço em casa. 

Quando eu me dei conta, eu e meu marido estávamos consumindo marmitas diariamente, não saíamos mais, não socializávamos nem tinhamos tempo pra família ou amigos. Meu marido que tem um ótimo emprego se viu sendo sugado pro meu negócio já que eu não dava conta sozinha, fazendo dupla jornada de trabalho. Além de tudo isso, depois desses anos, simplesmente não tive retorno financeiro. 

Eu travei. Parei tudo o que eu estava fazendo, sentei com meu marido, conversamos e percebemos que não era aquilo que nenhum de nós queria. A gente queria qualidade de vida, a gente queria ser feliz, queremos realizar nossos sonhos de poder viajar o mundo, eu queria poder fazer coisas que me davam prazer, e poder voltar a ter prazer na cozinha. Percebemos que da forma que as coisas estavam indo, nada disso ia acontecer.

Meu marido trabalha full home office na Hotmart e eu me vi apaixonada pelo marketing digital desde que comecei a estudar e aplicar na minha empresa. Decidimos que a empresa mudaria, que eu só trabalharia com feiras e eventos, não trabalharia mais com pronta entrega, faria as coisas no meu ritmo, sem focar em crescimento (já que pra isso eu precisaria de uma loja física e funcionários, o que não é o foco), fazendo fornadas esporádicas, feiras e eventos quinzenais e focaria em estudar e me aprofundar em mídias sociais, já que através do marketing da minha mepresa comecei a ser procurada por empresas que queriam me contratar. 

 

Isso tudo rolou um pouco antes de a formação começar e desde então nossa vida tem sido outra. Eu agora tenho tempo pra fazer academia, terapia, cozinhar, estudar, trabalhar e tem sido novamente um prazer. Minha vida com meu marido está melhor que nunca, estamos felizes.

Eu acho que cada um tem sua realidade. Já houve um tempo em que eu precisava priorizar a grana e trabalhar muito pra conseguir pagar as contas sem nenhum tipo de luxo. Hoje minha sprioridades são outras, a vida que eu levo é diferente e eu tenho o privilégio de poder escolher de verdade onde eu quero colocar minha energia. 

Pra finalizar, eu não acho que a gente só consegue ter bons resultados se a dedicação de tempo for incompatível com o resto da vida, pelo contrário, eu acho que temos bons resultados se formos constantes, e pra ser constante, precisa ser possível, por isso hoje eu priorizo minha saúde mental, pra conseguir fazer o que eu preciso da melhor forma que EU posso, sabendo que não vou desmoronar daqui há pouco por passar por cima das minhas necessidades. 

Que legal ler seu relato, Bruna. Acho que me identifico muito com ele. Uma das bases do meu perfil é a questão ética, valores e cidadania. Acho que é também nossa responsabilidade fazer a internet na qual acreditamos. Não quero pessoas doentes me consumindo, nem causar doença em ninguém, assim como não quero adoecer. Por isso entender de que lugar queremos falar é tão importante. Um beijo.

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17 minutes ago, Stefânia Tavares disse:

Acho essa discussão muito relevante. Porque pra gente conseguir prosperar o estilo de vida tem que ser sustentável, né? E quando digo sustentável, quero dizer que seja algo que se sustente ao longo da jornada: não adianta muito se levar a exaustão como o caso da @Bruna Garcia do Val, se em seguida não se tem forças para continuar. Eu entendo que para conseguir um objetivo é necessário fazer escolhas, isso significa renunciar a algumas coisas, a prazeres momentâneos, a algumas reuniões com amigos e família em prol de algo maior. Mas sempre buscando equilíbrio. É a mesma coisa de fazer uma dieta restritiva: quando acaba a dieta vc quer comer tudo que não comeu antes e mais, porque a vontade ficou reprimida. Nunca dá certo. Equilíbrio é a chave para uma vida sustentável a longo prazo.

Também concordo com você, Sté. Tem tudo a ver com a maneira que a gente quer viver, né? Mas acho que vai além da escolha individual, pq se a gente sustenta essa coisa infinita e incessante admite que é o único jeito de fazer. Por isso eu quero fazer com cada vez mais consciência - tanto quanto a consistência. Beijos

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34 minutes ago, Marcella Mila Ramalho Pacheli Pereira disse:

Também concordo com você, Sté. Tem tudo a ver com a maneira que a gente quer viver, né? Mas acho que vai além da escolha individual, pq se a gente sustenta essa coisa infinita e incessante admite que é o único jeito de fazer. Por isso eu quero fazer com cada vez mais consciência - tanto quanto a consistência. Beijos

É isso! 

Tem uma coisa também: mostrar pro mundo que é possível viver assim ajuda outros a verem e viverem isso.

Tudo isso considerando nosso privilégio né? Nem todo mundo tem a opção de viver assim ou assado.

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