Fabi Sanchez

Verdades absolutas são burras. Engessam a gente a ponto de limitar nossos próprios movimentos e pensamentos em caixinhas cada vez menores e mais rígidas, onde aprisionamos tudo o que as justificam. É claustrofóbico! Quando me pego agarrada a elas sinto como se tivesse dois neurônios sendo impedidos de brigar por outros que os seguram, mas que continuam esperneando e se esforçando pra partir pra cima um do outro. Verdades absolutas fazem isso com a gente. Foi aí, quando estava ngessada da cabeça aos pés, com meu neurônios briguentos, totalmente dependente da minha rede de apoio e enclausurada naquilo que me mantinha rígida que percebi que é muito melhor ser um pano multiuso. É. Permeável, poroso e maleável. O pano multiuso é poroso, permeável, maleável. Permite que eu fique com o que me basta, deixe passar o que eu não dou conta naquele momento e há sempre uma troca, um toque em "superfícies" diferente... É uma transição desafiadora, mas me trouxe um bem-estar da porra! Não me tornei com isso volátil, indecisa ou sem objetivo. Pelo contrário! Me conscientizei de que com a mesma força e determinação que posso construir um conceito, uma emoção, um comportamento, uma relação, posso também desconstrui-los. Isso me trouxe uma liberdade espantosa e o fortalecimento de uma autoridade sem precedentes. Consegue perceber? Eu e você somos uma matéria prima infinita e todo o tempo que temos, entre a primeira inspiração e a última expiração, podemos utilizar desta maleabilidade para descobrir que temos também infinitos caminhos para o viver. Por isso as pessoas se permitem fazer transições de carreira, identificar-se com um outro gênero, abrir relacionamentos, se enxergarem como multipotenciais... É um novo mundo que caminha na direção contrária das verdades absolutas. Você está disposto a conhece-lo?

Obrigada Anrafel. "Continue a nadar", lembra da Dori, amiga do Nemo? Seguimos juntos!

Obrigada! Vou fazer e espero receber A LUZ da audiência! KKKKKK

Obrigada Silvia! Tô ansiosa por fazer a coisa toda rodar. Meu "tempo" tá acabando e preciso fazer acontecer, menina. Aflita por aqui, mas confiante. Seguimos em contato! Beijo!

Sou Fabi Sanchez, moro em Floripa há quase 08 anos, sou casada e tenho um filho adolescente de 16 anos. Vim pra essa terra em busca de transição de carreira. Havia trabalhado como atriz em São Paulo, minha cidade natal, por mais de 20 anos participando de mais de 20 espetáculos teatrais e da primeira compania de improviso brasileira no final dos anos 90. Quando meu filho nasceu, fundei uma produtora cultural com meu companheiro chamada Faro Cultural que produziu mais de 1500 shows. Foi aqui em Floripa que tive o primeiro contato com a arteterapia que, por mais que já tenha seus 80 anos de existência, pouca gente sabe exatamente do que se trata. É um processo terapêutico que utiliza as artes como porta de acesso a conteúdos psíquico para o desenvolvimento pessoal ou domínio de patologias como ansiedade, depressão, burn out, e etc. Fiquei totalmente apaixonada pela proposta, fiz pós graduação e acabei unindo minha experiência artística à arteterapia num enxame criativo de técnicas e "travessias" que criei para oferecer aos interessados nesta terapia. O que me move nesta vida é o poder da expressão e do desafio criativo. Trabalho com criatividade desde que me conheço por gente. Com 9, 10 anos já cobrava ingresso da minha família, que era muito grande, para shows artísticos que organizava com meus primos durante as férias. Muita cara de pau... kkkk Hoje sei que pra lá de uma ferramenta, a criatividade é importante na resolução de conflitos, no recalculo das nossas rotas, no viver bem a vida a cada momento. Eu a considero como um motor: meu motor. Bora trilhar este novo caminho embezelhado pra tornar possível meu maior papel neste mundo: um ser humano que facilita o contato de outro ser humano com a sua criatividade, e que o ajuda a trazer dela as pistas ocultas em direção à sua lapidação para que assim, toda a nossa espécie, em cascata, possa reencontrar o verdadeiro sentido de ser humano. Sempre com afeto e, agora, com algum zumbido, Fabi Sanchez