Faaaaala, Colmeia maravilhosa!
Vim aqui bater um papo com vocês sobre um tema que eu já vi muita gente ter dúvida:
"Quanto eu posso cobrar pelo meu trabalho?"
E a resposta é: depende.
Depende de uma série de fatores, como:
- Preço da concorrência;
- Seu público-alvo;
- Sua localização (se o seu negócio for presencial)
- Seus entregáveis
- SEU POSICIONAMENTO.
Agora... NENHUM desses fatores é um determinante exclusivo do quanto você vai cobrar pelo seu produto, e eu vou te explicar porquê:
1) O PREÇO DA CONCORRÊNCIA:
- Considerar o preço da concorrência é importante, mas não é tudo, muito menos o que vai definir o seu preço, até porque preço envolve o POSICIONAMENTO (como é o do seu concorrente? Como é o seu?)
- Pense comigo: em uma mesma cidade pode ter uma nutricionista que cobre R$250,00 a consulta. E existe também uma que cobra R$600,00. Elas deveriam cobrar o mesmo preço se seguíssemos a lógica de que só porque uma é do mesmo ramo que a outra. Não faz sentido, percebe? Até porque isso entra no nosso segundo ponto…
2) O SEU PÚBLICO-ALVO:
- O seu preço toma sim por base a pessoa/negócio que você vai atender. Não estou dizendo agora que você deve focar só em quem tem mais "dinheiro" para vender o tal do "High Ticket", caaalma que não é assim.
- Pensa comigo: se você é um social media que quer atender esteticistas, pessoas dessa área. Você pode pensar em pessoas como a Natália Beauty (ela trabalha com beleza e estética). Você não pensa em chegar para ela cobrando R$500,00 mensal e isso não só porque ela tenha dinheiro, mas porque uma oferta tão "em conta" não a atrairia, tendo em vista quem ela é e o público que ela atende.
- Agora imagine outro cenário: você vai propor o seu pacote de social media para uma esteticista do seu bairro que abriu um espaço numa sala há seis meses. A depender da clientela e faturamento dela, cobrar R$500,00 vai sair muito caro (para a cliente). Entende como tem diferença você saber para quem quer vender?
- Para você montar um bom público-alvo, você deve considerar algumas coisas: como é a sua personalidade, qual a personalidade do seu público, qual o seu produto/serviço e para quem ele é útil. Não cometa o erro de tentar se posicionar como a pessoa/negócio que vende pra todo mundo. Até porque quem quer conversar e vender pra todo mundo, acaba não atraindo ninguém, então, se você está começando, encontre UM NICHO!
3) A SUA LOCALIZAÇÃO:
- A localização do seu negócio (presencial, obviamente) pode TE DAR UM NORTE, mas não é um fator determinante. O que geralmente é considerado é se você vai conseguir ter "mercado" na sua região cobrando o preço que você cobra.
- Essa temática é muito comum para profissionais e empresas que geralmente se encontram no INTERIOR. Por que? Porque em cidades pequenas as pessoas costumam ter uma visão mais "limitada" de certos serviços e como a concorrência costuma ser menor, acabam equiparando os preços e não optando pelo profissional mais caro, MAS NÃO É REGRA.
- Se você tem um negócio em região interiorana, cidade pequena, você pode (e deve) seguir o seguinte: trabalhe bem o seu POSICIONAMENTO (Branding, Arquétipo de marca), se diferencie pelo seu atendimento e qualidade do que você oferece e uma boa dica é anunciar (nesse caso em específico), porque em cidades menores onde o boca a boca (buzz marketing) é forte, se as pessoas te veem em mais lugares (insta, google, jornal, rádio e etc) tendem a comentar mais sobre você e seu negócio.
- Se é possível e a depender do que você oferece, não se limite a atender pessoas da sua região. Faça delivery para outros lugares, tenha um site da sua loja (no caso de produtos). Se o seu caso é serviço, capriche no seu diferencial a ponto de trazer pessoas de outras cidades e regiões só para experimentarem seu serviço (principalmente se você tem algo mais turístico)
4) OS SEUS ENTREGÁVEIS:
- E é aqui que a mágica acontece! O que você entrega para o seu cliente? É uma transformação GIGANTE ou uma micro transformação? (lembrando que micro transformações não são ruins!)
- Nesse ponto é que entra o "tchan" do Alto e Baixo Ticket, tão falado, mas que poucos sabem como realmente usar. Você NÃO precisa vender só produtos de alto ticket e se posicionar como a "pessoa do high ticket". Você pode muito bem vender um produto ou serviço mais simples, cobrar um preço mais baixo e ganhar no volume. A grande sacada aqui é que com ambos você pode ter exatamente o mesmo ganho financeiro: em um você vende menos e cobra mais caro e no outro você vende mais e cobra mais barato. Você só tem que ter claro na sua mente o que é que você oferece e cobrar um preço justo por isso. Abro aqui um adendo: se você vende um serviço super completo e está cobrando muito barato e está tendo que lotar a sua agenda para dar conta de pagar as contas no fim do mês, de duas uma: ou você oferece o seu serviço com "menos coisas" pelo mesmo preço e busca novos clientes ou você aumenta o valor que tem cobrado e renova os contratos atuais ou então busca novos clientes.
- Para que fique CLARO para você: cobre pelo seu trabalho na proporção do que você entrega. Por exemplo: se uma pessoa compra de você um e-book de R$19,90, entregue uma solução "rápida", de 19,90 e que gere uma micro transformação na vida da pessoa. Quando você tiver um produto mais profundo e consequentemente mais caro a oferecer, a pessoa vai ter noção de que a sua entrega é compatível ao preço cobrado (mas importante: sempre entregue um pouco a mais para encantar o cliente).
- Entregue com QUALIDADE o que você for entregar. É um dos maiores pontos de FIDELIZAÇÃO dos clientes.
5) O SEU POSICIONAMENTO:
- O nosso queridinho "Branding"! Sem ele, você pode até tentar oferecer o que for e pode até ser que as pessoas comprem de você, mas elas podem facilmente te trocar pelo concorrente se forem atraídas pelo preço e/ou pelo POSICIONAMENTO dele!
- O posicionamento engloba tudo: a maneira como você se veste (e aqui não me refiro a andar engravatado, mas bem apresentado, roupa em dia), a maneira como você se porta (andar com a postura torta também não transmite confiança no que você faz), a maneira como você fala (o seu jeito de falar deve te conectar ao público com quem você quer conversar, você não vai utilizar a próclise, mesóclise e ênclise - português no talo - se você tem uma marca de produtos estilo a Reserva ou a Gangster) e a aparência do seu ambiente (mas se ainda não está como você quer, dê tempo ao tempo, a construção é aos poucos)
- E não nos esqueçamos da autoridade que anda lado a lado, né? Quando a gente fala sobre construir autoridade (e isso pode interferir sim no preço que você consegue cobrar de um cliente), tem de se ter equilíbrio e às vezes entender que cobrar menos por um trabalho, quando estamos INICIANDO, faz parte do processo de construir provas sociais e consequentemente autoridade.
- O que vejo muitas vezes (e considero um "erro", diga-se de passagem) é gente que está iniciando, como um social media, e que tem um pacote incrível, com edição de vídeo, design dos posts e toda a estruturação do conteúdo e que quer cobrar um preço a altura do seu trabalho e de quem já está a anos no mercado - só que detalhe, esse profissional ainda não tem NENHUM CLIENTE E NENHUMA PROVA SOCIAL. E quer cobrar mais de R$1500,00 em um pacote. Veja bem: não está mal cobrar um preço justo pelo seu trabalho, mas muitos, quando começam, se recusam a cobrar menos para pegar experiência, acabam demorando muito para conseguirem um cliente no preço que querem cobrar e por fim acabam desistindo porque isso não está "pagando as contas".
- Se você está começando e quer montar portfólio, cobre menos se você ainda não está conseguindo os clientes que podem pagar melhor. E com os resultados desses primeiros clientes você vai construindo um portfólio, vai entendendo mais do mercado e vai agregando mais AUTORIDADE à sua imagem como empresa e profissional. E com o passar do tempo, quando você já estiver em posição de "escolher" mais o cliente com o qual vai trabalhar, aí sim você vai ajustando o valor.
Falar de preço é um tema complexo e não, não devemos colocar preço no trabalho do outro porque não sabemos qual o caminho que ele percorreu para chegar no produto atual que ele vende ou no tipo de serviço que entrega, mas VOCÊ pode e deve analisar a saúde dos preços que tem cobrado. Você acha seus preços justos ou você pensa em melhorar?
Fala pra mim comentando nesse post! Quero saber de você
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